A Polícia Civil pretende usar três provas para indiciar o ex-padre João Marcos Porto Maciel, 74 anos, mais conhecido como dom Marcos de Santa Helena, por estupro de vulneráveis.
A primeira é o depoimento de dois jovens e quatro homens que afirmam ter sido vítimas do religioso, que, de acordo com a investigação policial, fazia carícias, beijava os meninos na boca e os obrigava-os a praticar sexo oral e, em alguns casos, anal. Além deles, outras testemunhas também depuseram sobre o caso. Uma delas é uma empregada doméstica de um homem que tem hoje 42 anos, que foi aluno de música de dom Marcos e está internado em uma clínica psiquiátrica. Segundo ela, o homem teria sido dopado e violentado pelo religioso.
A segunda é o livro Sem Medo de Falar _ Relato de Uma Vítima de Pedofilia, no qual o empresário Marcelo Ribeiro, 49 anos, conta, em detalhes, os abusos que teria sofrido dos 12 aos 15 anos.
O terceiro indício do crime, que deve ser apresentado à Justiça em um prazo de 70 dias (30 da prisão temporária, que pode ser prorrogada por um mês, e 10 dias a contar da possível prisão preventiva) é uma gravação telefônica. Nela, Ribeiro diz ao padre que "lembrar do abusador a vida inteira não é simples", e o religioso responde "pois é, acredito, pode ser".
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